segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O que seria estilo de vida paleolítico?




        Eu comecei a seguir a dieta paleolítica em junho desse ano, de início desconfiada, mas pensei: já fiz tantas outras dietas por que não essa? de início fui cortando o glúten, mas ainda consumia aveia...atualmente não como mais nada que contenha glúten ( a não ser por descuido....acabei comendo uma barra de proteína sem ler =/) e mais uma vez afirmo: minha vida melhorou 100%%%%, nunca me senti tão bem!!!

        Fui em um casamento olhei a mesa de doces repleta e fiquei extremamente orgulhosa de mim, em momento algum tive vontade de come-los como faria antigamente e de maneira compulsiva...mesmo alguns amigos comendo na minha frente fazendo caras de hum... delícia risos....Por esse motivo acho interessante falar um pouco sobre  essa dieta que me ajudou tanto.

        Na verdade não encaro como uma dieta, mas sim como um estilo de vida.
 
        Primeiramente devo falar que não sou 100% paleo, pois ainda utilizo farinhas sem glúten ( farinha de coco, farinha de chia, farinha de amaranto, farinha de quinoa, farinha de arroz, fécula de batata, farinha de linhaça dourada, biomassa de banana verde ) em minhas receitas e também como atum em lata umas 2x na semana e muitooo de vez em quando consumo feijão e arroz integral.
       
        O esquema abaixo ficou bem fácil de se compreender o estilo de vida paleo.


O original está neste site: https://thenutribox.com/being-paleo-or-buying-paleo, inspirado no trabalho de Nicole Voelzke
 
         Vamos começar a entender a diferença entre a pirâmide alimentar tradicional e a pirâmide alimentar da dieta paleolítica:
 
 
 
 No jornal  Zero Hora ela saiu  mais completa:



 
 
 
        Vocês podem observar que nela não entram vários alimentos que entram na tradicional, como a  proposta é comer apenas aquilo que se pode caçar, coletar ou tirar da terra. Ou seja, alimentos como arroz, feijão, trigo e cevada são excluídos.

OBS: tudo que estiver em negrito e/ou de outra cor consiste na opinião do médico Dr. Souto fundador do blog http://lowcarb-paleo.blogspot.com.br/, ele vai fazendo as devidas correções com relação a matéria divulgada pelo jornal. Em seu blog existem vários links explicitando detalhadamente tudo.
 
        Você já viu um leão comendo vegetais? Ou uma vaca se alimentando de carne? Certamente não, já que esses produtos não fazem parte da dieta natural destes animais. Se eles ingerissem esses alimentos, ficariam doentes ou não teriam energia suficiente para viver. E qual seria a dieta natural do homem, aquela para a qual estamos biologicamente evoluídos e, portanto, preparados e adaptados para seguir? 

        A resposta para essa pergunta é o principal mote de uma forma de alimentação que está ganhando adeptos em todo o mundo: a dieta paleolítica, ou, simplesmente, a paleo. Ela defende que o melhor é seguir os passos de nossos ancestrais pré-históricos, ou seja comer apenas aquilo que você poderia caçar, matar, colher ou tirar da terra, como um homem das cavernas.

        Um dos mentores da dieta paleolítica é o médico e professor da Universidade Estadual do Colorado (EUA) Loren Cordain. Apesar de ter conquistado popularidade recentemente, a teoria surgiu em um estudo publicado em 1985 no The New England Journal of Medicine. O artigo argumentava que o genoma humano não teve tempo de se adaptar a alimentos que não faziam parte da nossa dieta antes do advento da agricultura.

— Estamos na Terra há mais de 2 milhões de anos, e a agricultura foi desenvolvida há menos de 10 mil anos, o que corresponde a apenas 0,5% do tempo da nossa existência. A agricultura, portanto, é muito recente do ponto de vista evolutivo, e é evidente que estamos geneticamente adaptados à alimentação do período paleolítico, e não à que temos hoje — sustenta o médico urologista e autor de um blog sobre o tema José Carlos Souto.

No paleolítico, os fatores geográficos eram determinantes, e diversas dietas eram seguidas pelos humanos. Os esquimós alimentavam-se basicamente de carne de baleia, peixe e poucas frutas. Os aborígenes australianos, de diversos tipos de caças. Os habitantes da floresta amazônica tinham uma farta oferta de frutas, raízes e folhas, mas poucas carnes. 

Alimentos "plantados", como arroz, feijão, trigo e cevada, são excluídos
A dieta paleolítica proposta para os dias atuais opta por encontrar pontos em comum a todas essas versões: a ausência de grãos, de óleos extraídos de sementes (soja, algodão, canola e milho) e de produtos processados e artificiais. A presença do leite é polêmica: alguns aceitam, outros rejeitam. 

— A dieta paleo contém raízes e tubérculos como batatas (doce ou inglesa), aipim e todos os tipos de carne. O que não faz parte são os alimentos plantados: cereais (aveia, trigo, centeio, cevada, arroz, milho) e leguminosas (feijões, lentilha, ervilha), além, é claro, dos industrializados — diz o nutricionista e bioquímico Gabriel de Carvalho.

Comida de verdade
Apesar de considerarem a dieta de nossos ancestrais a mais apropriada para o organismo dos humanos modernos, os seguidores da paleo ressaltam que o modo de vida e o atual acesso aos alimentos tornam impossível comer hoje o que um homem das cavernas comia. 

— É absolutamente impossível seguir a dieta paleolítica com rigor. Hoje, você compra a carne no supermercado, e ela não tem nada a ver com a carne paleolítica. Vem de animais estressados, que não recebem sol, não têm vida livre, comem ração. A composição da carne e da gordura do animal é completamente diferente. Só aí já acabou a dieta — enfatiza o nutricionista e bioquímico Gabriel de Carvalho.

A saída estaria em apostar em alimentos de procedência mais natural possível. Dar preferência a vegetais orgânicos, à carne de animais criados no pasto, a ovos de galinhas não confinadas e que não comam ração. E rejeitar tudo que for processado e industrializado. 

— Desconfie de todos os alimentos processados que venham dentro de uma embalagem, com rótulo e ingredientes impronunciáveis. As pessoas devem se focar no que chamamos de comida de verdade. Se eu perguntar como se faz um bife com ovo, todo mundo sabe a resposta. Mas para fazer um salgadinho de pacote é preciso uma fábrica, processos industriais, corantes, conservantes, enfim, não é comida de verdade — afirma Souto.

Trigo, o vilão da vez
Base para alimentos fartamente consumidos, como pães, massas, bolos e pizzas, o trigo tem uma alta capacidade de "viciar" os consumidores. Isso poderia ser a causa de uma série de doenças e seria a razão principal da epidemia mundial de obesidade 

— Com sua tradição italiana, a gastronomia do Rio Grande do Sul teria uma perda considerável se fosse banido do cardápio todo e qualquer alimento feito de trigo. Pizzas, lasanhas, massas e até o sagrado pãozinho ficam de fora da chamada dieta paleolítica. Isso porque, segundo os que acreditam nesta corrente, o trigo é um dos principais vilões da alimentação moderna.

— Lançado este ano no Brasil, o livro Barriga de Trigo, do cardiologista americano William Davis, embasa cientificamente essa teoria ao trazer argumentos que dão suporte ao fato de que doenças como a obesidade, o diabetes, problemas imunológicos e neurológicos, como a doença celíaca, a artrite reumatoide e a demência, além de doenças do intestino e do coração, podem estar associadas ao consumo exagerado do grão.

— De acordo com o autor, as mudanças genéticas responsáveis por tornar o trigo resistente a pragas e mais produtivo nas lavouras também influenciaram para torná-lo prejudicial à saúde humana. Outro motivo é a alta capacidade do alimento de viciar os consumidores e elevar o índice glicêmico — em certas ocasiões, para níveis mais altos até do que alguns doces. 

— Depois de prescrever um regime sem trigo para mais de 2 mil de seus pacientes em situação de risco e observar resultados satisfatórios, o cardiologista concluiu que não é a gordura, o açúcar (na verdade, o autor não isenta o açúcar, pelo contrário, considera-o um dos grandes problemas, juntamente com o trigo) ou o sedentarismo que está causando a epidemia mundial de obesidade, mas sim o trigo.

Muita carne e nada de grãos
Longe de ser unanimidade, a dieta paleolítica já conquistou a antipatia de muita gente. Os pontos mais controversos são a total liberação de carnes e a exclusão dos grãos. A desconstrução da pirâmide alimentar, que tradicionalmente tem como base os cereais, pães, tubérculos e raízes, é um dos princípios da paleo.

— A pirâmide alimentar está completamente equivocada, não tem nenhuma base em ciência. Ninguém vai perder peso adequadamente com uma alimentação cuja base são farináceos, pães, massas, bolos e mingaus — diz o médico José Carlos Souto. A fonte para os nutrientes que seriam fornecidos pelos cereais e grãos é substituída por outros alimentos na dieta paleo, explica o nutricionista Gabriel de Carvalho.

— O consumo de grãos pode ser eliminado. Não existe nutriente presente exclusivamente nestes alimentos. O que temos no trigo, na aveia, na cevada, no arroz, obtemos nas raízes como batata-doce, que é muito saudável, batata inglesa, aipim, carnes, frutas, sementes, folhas, legumes, tubérculos, cenoura, beterraba.

Embutidos e frituras são o problema
A alta ingestão de carnes, outro ponto fundamental da dieta paleolítica, também gera controvérsia. A gordura saturada das carnes seria um dos principais problemas, o que, segundo Carvalho, não passa de um mito (Os estudos prospectivos e randomizados e todas as metanálises são unânimes em afirmar que a gordura da dieta não está relacionada ao risco de doenças cardiovasculares.
 
— A gordura saturada não mata do coração. A maioria dos estudos recentes não relaciona o consumo de gorduras saturadas de carnes gordas (Os estudos prospectivos e randomizados e TODAS as metanálises são unânimes em afirmar que a gordura da dieta não está relacionada ao risco de doenças cardiovasculares,  mas sim de embutidos, com a morte cardiovascular. Embutidos são um problema grave na alimentação. Óbvio que ninguém está recomendando comer carnes fritas, que também é um problema comprovado. Embutidos e frituras são o problema, não a gordura em si — defende Carvalho.

Nem todos concordam. A nutricionista e especialista em nutrição clínica Joselaine Sturmer vê com desconfiança tanto a liberação total das carnes quanto a exclusão dos grãos.

— Eu não indicaria essa dieta para ninguém. Temos que ter cuidado porque, ao excluir grupos alimentares, podemos retirar nutrientes que fazem falta ao organismo (discordo. A densidade nutricional aumenta muito em uma dieta paleo. É só parar para pensar: de que forma uma dieta na qual farináceos e açúcar são removidos e substituídos por vegetais variados, carnes, ovos, poderia ter MENOS nutrientes?). Não comer carboidrato pode levar à perda de massa magra (discordo: embora qualquer perda de peso possa acompanhar-se de alguma perda de massa magra, uma dieta dieta pobre em carboidratos, adequada em proteínas e rica em gorduras naturais favorece a preservação da massa magra  e de fonte de energia (discordo, nosso corpo pode usar carboidratos ou gordura como fonte de energia). Tem uma hora em que o corpo tem necessidade de uma fonte de energia (ibid). Além disso, comer carnes à vontade é perigoso (discordo) porque elas têm gordura (Os estudos prospectivos e randomizados e TODAS as metanálises são unânimes em afirmar que a gordura da dieta não está relacionada ao risco de doenças cardiovasculares e podem roubar nutrientes (afirmação bizarra demais para comentar, deve ter sido citada de forma errada pelo jornal) de nosso organismo. A proteína em exagero pode roubar cálcio (discordo, e você acaba consumindo mais sódio (mesmo que fosse verdade, ainda assim estaria errado, o que pode causar uma sobrecarga renal)— afirma. 

O nutricionista e professor de bioquímica e nutrição esportiva do Unilasalle Joelso dos Santos Peralta também tem ressalvas às restrições da dieta paleo.

— A deficiência de carboidratos afeta o cérebro (discordo, clique aqui) e aumenta o catabolismo proteico (discordo, clique aqui), onde os indivíduos verdadeiramente perdem peso, mas muitas vezes à custa de massa muscular (discordo, clique no link acima, ou veja este exemplo; o emagrecimento pode sim implicar algum grau de perda de massa magra com qualquer dieta, embora low carb páleo facilite a preservação da mesma) — afirma. (não deixe ainda de ler este artigo para constatar que até mesmo atletas de elite não perdem desempenho nem massa magra com low carb: Paoli, A. et al., 2012. Ketogenic diet does not affect strength performance in elite artistic gymnasts. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 9, p.34. Available at:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3411406/ [Accessed September 7, 2013].)

A adaptação genética também é discutível, afirma o professor de História da UFRGS Anderson Vargas. Sendo o homem onívoro desde sempre, não há regra para determinar a dieta natural do ser humano, diz ele .

— Penso que a medicina não tem condições de determinar nossa dieta conforme nossa misteriosa biologia. Historicamente, posso dizer que o homem não tem sido determinado pelo DNA nesse aspecto (o DNA é que foi moldado pelo ambiente). Se os homens das cavernas se preocupassem com seu DNA, talvez ainda estivéssemos morando nas mesmas cavernas", pondera Vargas (este é outro caso em que, seguramente, o entrevistado foi citado erroneamente, e não requer comentário).

Balança e exames em dia
 Leonardo Petersen Pires, segue a dieta paleolítica a cerca de dois anos e emagreceu 30 quilos 
Foto: Fernando Gomes
Os possíveis malefícios (imaginários) de optar por uma dieta do tempo das cavernas não foram sentidos pelo programador Leonardo Pires, 28 anos. Seguindo as premissas da paleo há um ano e três meses, ele viu o ponteiro da balança, o colesterol ruim e os triglicerídeos caírem (isto é o efeito esperado). Acostumado a seguir diversas dietas e sempre ser vítima do efeito sanfona, ele conseguiu emagrecer cerca de 30 quilos, manter o peso e a saúde sem sofrimento.
— Meu neurologista ficou impressionado com a evolução dos meus exames e achou inacreditáveis os resultados com o tanto de gordura saturada que eu como — conta.
Apesar de parecer bastante restritiva, Leonardo conta que não sente dificuldade em segui-la. Ele optou por limitar a quantidade de carboidratos diários e deixar que a fome ditasse o que e quanto come.
— A principal diferença entre as dietas que eu segui anteriormente é que tudo era baseado em contagem de calorias: eu comia menos calorias do que precisava para viver, meu corpo passava fome, e eu emagrecia. E eu cortava tudo o que eu gostava, só podia comer alimentos que para mim não têm gosto — conta.
Satisfeito com o resultado positivo na balança e na autoestima, Leonardo encara a sua nova alimentação como um estilo de vida, sem prazo para acabar.
— Não faz sentido eu voltar a comer carboidratos indiscriminadamente se eu sei que é algo que faz mal para a minha saúde. É só ver meus exames, estou muito melhor hoje — declara.
O fotógrafo Luis Felipe Ulbrich, 41 anos, segue a dieta paleolítica há oito meses. A indicação veio a partir do diagnóstico de uma neuropatia periférica, doença que afeta os nervos das extremidades do corpo, como as mãos e os pés.
— Eu comecei a sentir os dedos dormentes e perder o equilíbrio. Busquei um especialista em coluna, mas ele não conseguiu diagnosticar a problema. Me indicou outro médico (adivinhe quem?), que me propôs um teste: retirar o glúten da minha alimentação por um mês. O resultado foi absurdo, já me senti muito melhor —conta.
Após o teste, Luis passou a seguir a dieta paleolítica completa. Perdeu 15 quilos, mesmo sem considerar que estava acima do peso, melhorou da neuropatia e voltou a praticar esportes.
— Sempre que como algo fora da dieta, os sintomas da neuropatia aparecem imediatamente. Estou bem entusiasmado com o que estou fazendo, eu tive uma melhora bem grande.
 
Para rir um pouco assista ao vídeo...tentando explicar como emagrecer....
 
FONTES:
 

sábado, 28 de setembro de 2013

Ainda restou alguma dúvida com relação a DIETA LOW CARB ?




 
Fonte:http://lowcarb-paleo.blogspot.com.br/

        As evidências científicas não nascem todas iguais. Com o objetivo de tornar a prática da medicina o mais científica possível, foi criada a Medicina Baseada em Evidências.
 

         Veja, qualquer pedaço de informação pode se constituir em evidência para guiar uma conduta médica. No entanto, um relato de um caso isolado não pode se sobrepor a um experimento com milhares de pessoas. Assim, há uma hierarquia das evidências - das mais modestas, às mais sólidas. Abaixo, vamos repassar rapidamente os níveis de evidência, do mais baixo ao mais alto - do menos confiável, ao mais confiável.
  • A evidência que tem menor valor é a opinião pessoal. Afinal, opinião todo mundo tem, e o papel aceita qualquer coisa. Quando, porém, não há outros dados na literatura médica, aceita-se a opinião de um especialista como uma evidência provisória.

  • A seguir, vêm os relatos de caso. Consistem no relato de uma série de casos, a fim de que se possam extrair dados estatísticos sobre determinada doença/circunstância. Qual a idade média das pessoas com aquela doença, qual o sexo e a etnia das pessoas?

  • A seguir, vêm os estudos de caso-controle, nos quais o investigador pega um grupo de pessoas com determinada doença e compara com outro grupo de pessoas que não tenham a doença.

  • A seguir, vêm os estudos de coorte, na qual se obtém dados (exames, questionários, etc) de um grande número de pessoas, e os acompanha por vários anos a fim de identificar quem desenvolve doenças, de forma a identificar possível fatores de risco no passado.

  • A seguir, vem o ensaio clínico randomizado, o padrão-ouro da evidência em medicina, no qual um grande número de pessoas é "randomizada" (isto é, sorteada) para dois ou mais grupos; em geral, um grupo é submetido a uma intervenção (um remédio, uma dieta), e o outro grupo serve como controle. O sorteio garante que os grupos sejam semelhantes entre si em TUDO, exceto na variável sendo testada. Este é o único tipo de estudo capaz de sugerir fortemente relações de causa e efeito. É este o grau de evidência dos estudos que provam que a redução da gordura na dieta não traz benefício.

  • Por fim, no topo da cadeia alimentar da evidência científica, vem a revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Afinal, por puro acaso, um ensaio clínico randomizado pode achar um resultado que não seja real - uma flutuação estatística aleatória. Mas quando você tem, digamos, DEZ ensaios clínicos randomizados que tratam sobre o mesmo tema, uma revisão sistemática e metanálise pode combinar matematicamente os dados de TODOS eles, o que empresta a esta análise um peso superior ao dos estudos isolados. Por este motivo, a revisão sistemática epitomiza o mais alto nível de evidência científica.

O quadro abaixo, retirado do site do Ministério da Saúde (portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/tabela_nivel_evidencia.pdf), resume o que acabei de explicar:

 
Níveis de Evidência Científica segundo a Classificação do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine


Pois bem. Como podem ver no quadro acima, o mais alto nível de evidência científica é o 1A, a revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados.
 
 

Então, é com tudo isso em mente que divulgo aqui o seguinte artigo:


Systematic review and meta-analysis of clinical trials of the effects of low carbohydrate diets on cardiovascular risk factors
Obes Rev. 2012 Nov;13(11):1048–66.


Revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos sobre os efeitos de dietas de baixo carboidrato sobre os fatores de risco cardiovascular

Segue o resumo do artigo:

Tradução:


        Uma revisão sistemática e metanálise foi conduzida para estudar os efeitos de uma dieta low carb em perda de peso e fatores de risco cardiovascular. Um total de 23 publicações, correspondendo a 17 estudos clínicos, foram identificados. A metanálise desenvolvida sobre dados de 1.141 pacientes mostrou que uma dieta low carb está associada a um decréscimo significativo do peso corporal, índice de massa corporal, circunferência abdominal, pressão arterial sistólica e diastólica, triglicerídeos, glicose, hemoglobina glicada, insulina e proteína C reativa (PCR), além de um aumento no HDL. O colesterol LDL e a creatinina não mudaram significativamente.
        Uma dieta low carb demonstrou ter efeitos favoráveis sobre o peso e sobre os maiores fatores de risco cardiovascular. Os efeitos a longo prazo não são conhecidos.


        Eu espero que não tenha escapado ao leitor o fato de que isto é uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Este é, na medicina, o maior nível de evidência possível, o nível 1A. 


         Ou seja, não estamos mais, em 2013, em época de discutir se "low carb vai entupir suas artérias" ou outros comentários igualmente primitivos. No século 21, a discussão é travada baseada em evidências, cuja hierarquia é bem definida.


        E quanto ao benefício ao longo prazo? Ninguém sabe. Por que ninguém sabe? Porque, em virtude da desinformação e do preconceito, as entidades patrocinadoras deste tipo de estudo nunca incluíram um braço low carb nos seus grandes estudos prospectivos e randomizados de longa duração (como o WHI ou o MRFIT).


Assim, temos a seguinte situação:

Sabemos COM CERTEZA que low fat não é bom no longo prazo (esta já foi testada em estudos prospectivos e randomizados e fracassou SEMPRE).



No contexto evolutivo, uma faz sentido e a outra não. Nos estudos de até 3 anos de duração, low carb é SEMPRE melhor no que diz respeito aos fatores de risco cardiovasculares, perda de peso, etc, em mais de 18 estudos prospectivos randomizados (veja aqui, e aqui).

Com base nisso, temos duas opções:

Opção A (baixa gordura, alto carboidrato) - é uma novidade introduzida em 1977, acreditava-se que era bom, foi testada no longo prazo e não mostrou benefício, e
sua introdução coincidiu com uma epidemia de obesidade e diabetes sem precedente, e há mecanismos fisiopatológicos que poderiam explicar este efeito. Além disso, estudo prospectivo e randomizado recente mostrou que mata 30% mais do que uma dieta com mais gordura.

Opção B (baixo carboidrato, alta gordura) - é a forma com a qual a humanidade sempre se alimentou durante a evolução da espécie (cerca de 2.500.000 anos), mas a partir de 1977 passou a ser condenada sem que houvesse estudos nesse sentido.
Os estudos foram conduzidos e não confirmaram as suspeitas de que fosse ruim. Em todos os estudos comparativos com a opção A, há melhora em relação a perda de peso e fatores de risco cardiovascular. Nunca foi formalmente testada no longo prazo (exceto, talvez, por 2,5 milhões de anos).




A - sabe-se que não ajuda, e há evidências de que prejudique;
B - sabe-se que é benéfica no curto prazo, apenas não foi testada no longo prazo, mas vem sendo praticada há 2,5 milhões de anos.


Eu opto por B (low carb, paleo). E você?

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Panqueca sem glúten, sem lactose e com amor



 
 
INGREDIENTES:
 
- 24 grs ( 2 Colheres de sopa) de farinha de coco orgânica
-1colher de chá de sucralose forno e fogão
-canela
-50 grs de banana prata
- 1 colher de chá de leite de coco light
-1 colher de café de essência de baunilha
-1 ovo caipira
-3 claras
-8 grs de mel ( coloco depois de pronto)
 
MODO DE FAZER:
 
        Em um Bow coloque todos os ingredientes e bata com o garfo até a mistura ficar mais homogênea. Depois com a frigideira já aquecida é só colocar a massa e o recheio.
 
BOM APETITE!!!!!!
 
 


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O que é uma Dieta low carb ?

       De uns tempos para cá parece que todos acharam o pote de ouro....quem já tentou sabe o quanto é difícil no início fazer uma dieta low carb ( ou seja, uma dieta com baixos carboidratos), mas também sabe que além de fazer emagrecer bem rápido ela traz diversos outras vantagens para sua vida como mais disposição, mais concentração, bom humor, menos enxaquecas etc. Mas lembre-se, existe um período de adaptação, faça de forma gradual....não saia por aí cortando todos os carbs igual algumas dietas mandam...pois os efeitos colaterais ( fome, ansiedade, insônia, náuseas, etc. ) aconteceram. Tudo é um processo e exige equilíbrio....vá devagar aprendendo a comer melhor. Lembra que já falamos de alguns alimentos em outros posts que vale a pena a retirada, caso você não consiga, pelo menos a redução em sua dieta? ( glúten; leite e derivados; bebida alcóolica;  refrigerantes, farinhas refinadas; açúcares; etc.)

 

 
        Para compreender melhor a dieta low carb é preciso entender que os nutrientes orgânicos incluem carboidratos, gorduras, proteínas (ou outros elementos construtores, como os aminoácidos), e vitaminas. Os compostos químicos inorgânicos incluem os minerais ou água. Os nutrientes são essenciais para o perfeito funcionamento do organismo e todos os que não podem ser sintetizados pelo próprio organismo têm de ser obtidos de fontes externas. Os nutrientes necessários em grandes quantidades são denominados por “macro nutrientes” e os necessários em pequenas quantidades por “micronutrientes”.
       Macro” significa grande, por isso os macro nutrientes são os nutrientes mais necessários, conhecidos por proteínas, gorduras e carboidratos .
 
         Dentre as diversas funções atribuídas aos carboidratos, a principal é a energética.
 
Os monossacarídeos são carboidratos com reduzido número de átomos de carbono em sua molécula.  São relativamente pequenos, solúveis em água e não sofrem hidrólise.
 
CarboidratoImportância biológica
Trioses
(C3H6O3)
GliceraldeídoComposto intermediário da glicólise.
DiidroxiacetonaParticipa da glicólise e do ciclo de Calvin.
Pentoses
(C5H10O5)
RiboseMatéria-prima para a síntese de ácido ribonucleico (RNA).
Desoxirribose
(C5H10O4)
Matéria-prima para a síntese de ácido desoxirribonucleico (DNA).
Hexoses
(C6H12O6)
GlicoseMolécula mais utilizada pelas células para a obtenção de energia.
FrutoseFunção energética.
GalactoseConstitui a lactose do leite. Função energética.

Oligossacarídeos

Os Oligossacarídeos são carboidratos resultantes da união de duas a dez moléculas de monossacarídeos. São solúveis em água, mas como não são carboidratos simples como os monossacarídeos, necessitam ser quebrados na digestão para que sejam aproveitados pelos organismos como fonte de energia.
 
CarboidratoMonossacarídeos constituintesImportância biológica
DissacarídeosSacaroseglicose + frutoseAbundante na cana-de-açúcar e beterraba. Função energética.
Lactoseglicose + galactoseEncontrada no leite. Função energética.
Maltoseglicose + glicoseEncontrada em alguns vegetais, provém também da digestão do amido pelos animais. Função energética.
TrissacarídeosRafinoseglicose + frutose + galactoseEncontrada principalmente nas leguminosas, não é digerida pelos seres humanos. Função energética.

Polissacarídeos

Os polissacarídeos são carboidratos grandes, às vezes ramificados, formados pela união de mais de dez monossacarídeos ligados em cadeia, constituindo, assim, um polímero de monossacarídeos, geralmente de hexoses. São insolúveis em água e, portanto, não alteram o equilíbrio osmótico das células. Os polissacarídeos possuem duas funções biológicas principais, como forma armazenadora de combustível e como elementos estruturais.
 
CarboidratoMonossacarídeos constituintesImportância biológica
PolissacarídeosAmido≈1.400 glicosesArmazenado no amiloplasto de raízes do tipo tuberosa (mandioca, batata doce, cará), caules do tipo tubérculo (batatinha), frutos e sementes. Principal reserva energética dos vegetais.
Glicogênio≈30.000 glicosesArmazenado no fígado e nos músculos. Principal reserva energética de animais e fungos.
Celulose≈1.000 glicosesFunção estrutural na célula vegetal, como um componente da parede celular.
QuitinaConstitui o exoesqueleto dos artrópodes e está presente na parede celular dos fungos.
Observação: existem outros tipos de polissacarídeos denominados hetropolissacarídeos que originam, por hidrólise, vários tipos diferentes de monossacarídeos. Como por exemplo o ácido hialurônico, condroitinsulfato e a heparina.

Holosídeos

São os oligossacarídeos e polissacarídeos que, por hidrólise, produzem somente monossacarídeos. Tipo de açúcar encontrado nas plantas e vegetais. Rafinose + 2 H2O → glicose + frutose + galactose Celulose + n H2O → n glicose

Heterosídeos

São glicídios que sofrem hidrólise, produzindo oses (hidratos de carbono simples) e outros compostos.
 
        Viram que é um pouquinho complexo entender o que são os carboidratos né? mas vamos devagar...que vai tornando-se mais fácil.

 

 
 
 

 
 
 
 

        Começou a clarear para você o que é o macro nutriente: carboidrato? para esclarecer um pouco mais eu aconselho a todos ouvirem esses pod casts vale muito a pena.

 
        Já ouviu os pod casts??? então eu acredito que agora você já esteja entendendo sobre a dieta low carb e o quanto ela será benéfica em seu novo estilo de vida =D. Mas garanto a você que muita gente achará um absurdo a grande retirada dos carbs de sua vida...mas enfrente a sociedade, faça essa escolha por você e anote as diferenças que começaram a existir em sua vida. Se você ainda é contra a dieta low carb vamos aprofundar mais um pouco em outro post.
 
Qualquer dúvida estou  a disposição, bjs e viva bem !!!!

Fontes:

 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Bolo de coco sem glúten




       
        Esse bolo fiz para o maridão que ama um bolinho no café da manhã, eu evito por ele ter manteiga e bastante carboidrato, mas em off é bem vindo... mas como com moderação.
 
 
 
 
INGREDIENTES:
 
- 3 ovos caipira
 
-1 xícara de leite de coco light
 
-1 xícara de água
 
-200 grs de manteiga sem sal (1 tablete)
 
-1 xícara de sucralose forno e fogão linea
 
-1 xícara de farinha de tapioca
 
-1 xícara de farinha de coco orgânica
 
-1 xícara de coco ralado sem açúcar
 
-1 colher de sopa de fermento em pó químico
 
MODO DE FAZER:
 
Unte a forma e enfarinhe com farinha de arroz. Enquanto isso pré- aqueça o forno a 205º.
Em um Bow misture o adoçante os ovos, depois acrescente os líquidos.
Após isso coloque as farinhas aos poucos e vá misturando.
Asse por 40 minutos e faça o teste do palitinho. Eu deixei assar por 1hora.
 
        Ficou delicioso hum.....bjs e boa noite.